terça-feira, julho 26, 2011

PONTE POR ATRAVESSAR

Entre o sorriso e a lágrima há uma ponte atapetada de pétalas rubras.

Há a cumplicidade do querer, o desejo do amar, a aridez do não ter.

Entre o sorriso e a lágrima ficam as lutas e as feridas de guerra,

ficam os beijos, as caricias, ficam os sonhos por realizar,

e as cores do arco-iris por pintar. Ficam as mãos em espera desertas de outras mãos que as possam apertar.




Entre o sorriso e a lágrima há esta ponte que atravesso

pisando as rubras pétalas, cumprindo a aridez do não ter,

vivendo a cumplicidade do querer e abraçando o desejo do amar.



Entre o sorriso e a lágrima...Há um coração a pulsar.

quinta-feira, julho 21, 2011

APENAS SEI

Apenas sei escrever , apenas sei ter sentimentos.



Apenas sei fugir, e esconder os meus momentos,



apenas me sei resguardar ciosamente,



esconder o pouco que é meu completamente.



Apenas sei escrever; pouca coisa realmente!



Só sei ter sentimentos, e isso que é, sinceramente?





Vou tentando ser diferente, a isto se chama viver,



um lutar eterno constante, cair, levantar e combater.



Mas nada mais sei fazer, apenas escrever e sentir,



foram dons que Deus me deu para poder repartir.



A vida tornou-me uma concha dura de abrir e entender,



talvez pelas palvavras e sentimentos eu me faça perceber.







Mas...Apenas sei escrever e sentir, sentir e escrever,



no fundo é assim que sei viver.

quarta-feira, julho 20, 2011

ERA UMA VEZ...MAIS UMA VEZ

Era uma vez... Outra vez.


E mais uma vez se repete,


parece que a vida se compraz a ir e vir,


somente.


Era uma vez, outra vez


e é assim que compete


a cada um de viver e sempre andar e sorrir,


eternamente.


E era uma vez, outra vez,


Lá para onde se remete


tudo o que não queremos ver nem sentir,


concretamente.


Ah!Mas era uma vez e desta vez


nada será como foi, já mais nada se repete


a vida está de fugida, faz as malas p'ra partir


e uma ultima vez olha para trás tristemente...


quinta-feira, julho 14, 2011

VESTIDO DE ESPUMA E OURO



Acordei em verde leito


feito de sonhos e encanto,


de trinados soluçantes



a rebentar no meu peito.


Vesti-me de espuma e espanto,


de raios solares cintilantes


a reverberar no escuro


deste túnel frio e sozinho.


Entrancei o meu cabelo


com fitas de ouro puro,


perfumei com rosmaninho


este corpo em duelo.


Calcei as sandálias de vento,


Eolo brincando no céu,


abri as asas do desencanto


voguei perdida sem tempo,


cobri-me de denso véu


tecido de mágoas e pranto,


tecido de enganos meus.



O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...