sábado, dezembro 30, 2006

FELIZ ANO NOVO

Escrevemos as ultima linhas nos nossos "diários" de 2006, e já ao nosso lado está, intacto, o de 2007, pleno de folhas em branco e sonhos por concretizar.
Desejo a todos que o novo ano vos possa trazer, tudo aquilo que este velhinho que se arrasta para a saída não trouxe.
E, se me permitem, deixo apenas algumas palavras em estilo de prefácio num cantinho pequenino dos vosso novos diários;
Que o Novo Ano nos faça entender o que neste ano não entendemos, nos faça ver o que neste ano não vimos, nos faça amar o que neste ano não amamos, nos dê a capacidade de sermos melhores apenas porque nos deixamos tocar e invadir pelo AMOR.

FELIZ 2007









quarta-feira, dezembro 27, 2006

FELIZES OS QUE AMAM


Felizes os que amam,
os que se entregam,
os que recebem e dão,
aqueles que têm outra mão
para prender sempre a sua.
Felizes aqueles que vivem assim
em comunhão, aqueles que deram o Sim
perene, confiante, amante,
aqueles em cujo semblante
resplandece o sol, rebrilha a lua.
Nesse eterno amar, amando,
que só conhece quem, dando,
se entrega sem mais pensar.
Felizes os que amam,
os que lutam e sonham
por manter o amor fervente,
atiçam a chama latente
e conseguem continuar.
(Eu perdi, já não sei mais lutar!)

segunda-feira, dezembro 25, 2006

DESILUSÃO


Que festa é esta em que os corações se tornam negros como o carvão?
Que sons são estes? Distorcidos, distantes, vazios e desprovidos de sentimentos?
Que lugar é este onde os olhos são falsos e as mãos servem para destruir?
Que fealdade é esta? Que vazio é este?
Onde está o NATAL? O meu NATAL, aquele que amo, aquele que sei viver e quero viver?
Jesus, acende o Teu doce olhar de menino, aqueçe os corações de gelo, abre as mãos fechadas, os olhos cegos pelo mundano, os ouvidos surdos pelo egoísmo.
Jesus, que chegaste de manso adoça as horas frias e triste em que o vazio dos homens impera.
Que festa é esta em que o amor não se sentou à mesa, não deu as mãos, e foi escorraçado?
Que festa é esta em que se esquecem os laços familiares, e à tona vêm as fuligens dos carvões que no lugar de coração se elevam?
Jesus, pelo menos TU, estiveste, como sempre. Eu vi-Te, senti-Te, mas...mais ninguém. Doí!

sábado, dezembro 16, 2006

NATAL DE PAZ


Do outro lado do mundo,
de um local de paz e luz,
veio o presente mais profundo
mais belo, na forma de cruz.
Do outro lado da vida
do céu intemporal,
uma presença dividida
entre cada ser mortal.
Chega-nos de novo o NATAL
num corpo de Deus menino,
pobre, nu, mas imortal,
nas palhinhas pequenino.
Chega-nos de novo a ESPERANÇA,
na força que Ele nos dá.
tempos de paz, de pujança,
de um amor que queremos já.
NATAL! Que seja de alma,
de coração, de interior,
que seja todo ele a calma
de quem ora por AMOR.

sábado, dezembro 09, 2006

TUDO QUE PEÇO À VIDA


Peço à vida tudo, para te poder ter,
peço à vida o impossível;
Tempo, espaço, razões para viver.
Peço-lhe o exequível,
ou talvez não, quem o sabe?
Apenas uma brecha no tempo,
no espaço, na malha apertada,
um suspiro, um sopro, um alento,
um espaço nosso, uma nova alvorada.
Peço à vida tudo, para te poder ter,
para te poder prender num amor intemporal,
para contigo cresce, amar, e apenas viver,
no sentimento maior, mais puro e imortal,
aquele que da alma brota, se expande,
se eleva e dá, se doa e se partilha.
Aquele que nada há que o comande,
ou que o trave. Aquele que sempre brilha
no firmamento do sonho, do eterno desejo,
do incontrolado anseio de nos termos,
e tão somente nos perdermos,
num único e longo beijo….

segunda-feira, dezembro 04, 2006

ETERNAMENTE NOSSO

Tem que ser nosso,
eternamente nosso,
cada minuto intensamente vivido,
cada espaço minimamente dividido.
Cada segundo partilhado,
cada beijo docemente trocado.
Tem que ser nosso,
infinitamente nosso,
cada vez que estamos sós
e nos entregamos mesmo nós.
Tem que ser nosso
dolorosamente nosso,
cada adeus magoado.
Tem que ser nosso,
duramente nosso
cada deserto atravessado,
cada beijo ansiado,
cada espera angustiada,
cada festa adiada.
Tem que ser nosso,
eternamente nosso




SEDA DE TERNURA







Como é posivel que a tua pele sedosa
seja apenas de um cetáceo?
Que esses olhos meigos, doces
de uma ternura sem fim,
sejam apenas de um mamífero?
Que te exponhas à carícia espantosa
das mãos do humano coreáceo,
sem um estremeção de pavor, e te roçes
com essa meiguiçe, por mim?
És a penas um mamífero!
Uma espécie tão querida, tão amada
e tão sofrida.
Deixaste-me a alma lavada,
o coração bate em paz. Experiencia vivida...
Podemos voltar a trás?!

(golfinhos-12/06)






O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...