sábado, agosto 13, 2011

COISAS TÃO PEQUENAS



Coisas pequenas, tão pequenas, deixam marcas, grandes e doridas marcas.
Parecem insignificantes na sua pequenez, minúsculas e parcas,

e no entanto abrem fundos sulcos como corregos sofridos e duros.

Como grilhetas, ferros, mordaças e inescaláveis muros

de calada dor e imensa solidão, de luta renhida sem fim à vista.

Coisas pequenas de longas sombras, e na onda, bem lá na cinzenta crista

equilibra-se o desespero e a esperança, a luz e a sombra, o sol e lua,

a vontade e o abandono, o amor e o ódio, e esta verdade nua e crua

que marca cada passo, cada suspiro, cada dia e cada noite...

São coisas pequenas, mas tão pequenas e no entanto...

Tão imensamente presentes, tão intensamente marcantes,

tão desesperadamente torturantes.

Coisas pequenas, tão pequenas....

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...