segunda-feira, novembro 06, 2006

MANHA


Na quietude da manhã
os sons do dia a acordar:
Ladra o cão e o pardal com afã
entoa hinos de encantar.
A fresca brisa agita o cortinado,
e do meu leito de tortura
sinto o beijo do novo dia apaixonado.
É assim, com toda a loucura
que cada dia se entrega
nas nossas mãos, de mansinho,
depois transporta-nos, agita-nos e pega
em nós, pela mão, devagarinho,
e faz ver o sol, as flores o mundo,
e mesmo deitada sinto o vigor
dete dia, forte, doce e profundo,
que me veio dizer; "Bom dia amor!
Voltei para mais um dia!"

4 comentários:

Ana Luar disse...

"Na quietude da manhã"

Ao ler-te transportei-me para um tempo em que a quietude matinal era uma constante... onde os pardais faziam questão de serem as primeiras visitas do dia... Onde o aroma do café da manhã inundava toda a casa.
Onde o linho embelezava a mesa do pequeno almoço... e a lenha crepitava na lareira....

Deixaste-me nostálgica... com a tua quietude matinal.....

Anónimo disse...

Os sons, a cor, os cheiros da madrugada, a beleza de um novo dia a despontar, e a graça de um novo dia são momentos de felicidade que nós não esqueceremos nunca. Um beijinho querida amiga e obrigado pelas tuas alavras sempre tão bonitas e generosas.

igara disse...

Luar, deveriam ser assim todos os nossos despertares. Cada manhã devia surgir sob a foma de hino e cada deia deveria ser uma celebração à Vida!
Gosto muito de te ler! Mas é que gosto mesmo!
Beijos Mansinhos, e abracinhos Apertadinhos! :)

Juℓi Ribeiro disse...

Que doce despertar!
Só mesmo para aqueles que possuem
sensibilidade e paixão.
Belíssimo texto!
Bela narrativa!
Despertas como quem acordas para um lindo sonho...
Maravilhoso é visitar teu blog
e ser presenteada com tão lindos
versos.
Venha me visitar, eu adoraria.
Um abraço carinhoso.*Juli*

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