Este Natal queria que o mundo parasse e olhasse o céu,

Um local tranquilo onde os raios de lua, feitos palavras, lançam feitiços e enxugam lágrimas

Sob os pés nus, as folhas mortas,
Rompe a tempestade que ruge com um beijo,
Quando a luta é desleal e as forças cedem
A vida é um sopro de aragem breve,
O outro o lado do espelho é o outro lado da vida ,
de lá fica o sorriso de despedida,
de cá as lágrimas da saudade
Como um grito na noite escura 




Entre o sorriso e a lágrima há uma ponte atapetada de pétalas rubras.
Era uma vez... Outra vez. 

Sou como a borboleta que, presa, através do casulo olha,
olha sem ver, sem esperar e a um tempo esperando em vão.
Aprendo a viver meia vida, nesta vida sem parar,
onde me esforço por não ver, não sentir e não pensar.
Aprendo a viver meia vida seguindo as pegadas do vento,
como folha sem rumo, como bruma ténue na alvorada
onde me perco, me embrulho e me sento,
onde vivo e me encontro sempre nesta encruzilhada
de viver apenas meia vida, caminhando dividida
entre o sonhar e o acreditar, e a esperança perdida.






As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...