quarta-feira, fevereiro 25, 2009

FIOS DE OURO FIOS DE PRATA


Como fios de ouro de um colar perdido


como pérolas negras sem qualquer sentido,


como mãos abertas pedindo perdão,


como lágrimas desertas nesta solidão.


Como névoas vagas, humidas e dolentes


como prosas amargas, duras e pungentes.


Como águas mansas em doce quebranto,


como pássaros feridos de dorido canto.


Luto com as armas que a vida me dá,


luto com a garra que em mim ainda há.


Luto com a alma em chaga profunda,


luto com o coração que aos poucos se afunda.


Como fios de prata de uma velha pulseira


esquecida, perdida numa qualquer prateleira,


como fios sem ponta, princípio ou fim


como folhas mortas esquecidas de mim

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...