sexta-feira, janeiro 22, 2021

CORAÇÕES

Corações de aço enfeitados de miosótis

navegam em águas de profunda ilusão.

Hirtos, alinhados por um duro "Rigor Mortis",

que nos trespassa com a agrura de um furacão.

Corações de pedra esculpidos no medo,

enfeitados de velozes rasgos de paixão.

Corações agrilhoados aos degredos

da sombra dos dias que passam em vão.

Corações de água varrendo a imensidão,

como pétalas de orvalho, como névoa de Verão,

lavando as horas sem tempo ou exactidão,

escorrendo monótonas, como olhos na escuridão.

Corações de vento, sem sul nem norte,

sem princípio nem fim. Sem cor nem brilho.

Corações de aço, de pedra, de morte,

corações sem rumo, sem nome nem trilho.


Lágrimas de lua







O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...