domingo, outubro 13, 2013

CASTELOS DE SOLIDÃO



Somos um feixe de pontas soltas...Umas tocam-se, outras não.
Somos um punhado de risos e lágrimas que atravessam a vida,
umas vezes pelo deserto, outras pelo mar sem fim outras pela multidão.
Somos o que somos, dando, recebendo, tirando...Somos um junco de partida.

Hoje somos o calor do verão, amanhã a neve da invernia,
hoje sabemos o caminho que queremos, amanhã tropeçamos sem rumo.
Hoje temos a vida pulsante no coração em festa, em louca euforia,
amanhã somos o nada, somos o pó sem futuro, somos débeis sem aprumo.

Hoje rimos como crianças, despreocupados, insanos,
amanhã caem as lágrimas de tantos duros desenganos.
Hoje damos as mãos num amor intemporal e único,
amanhã cortamos amarras do cais podre e antagónico.

Somos cabeça e coração, lógica e sentimento, amor e ódio,
ressentimento e perdão.
Somos o "nós" e o "eu", somos tantas vezes o "tu, o ele, o ela",
no fundo somos apenas um castelo de solidão.


O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...