quarta-feira, julho 24, 2019

NO IR E VIR DOS INSTANTES....





Somos, na vida, um ir e vir constante.
Nem sempre luz nem sempre sombra,
nem sempre amado, nem sempre amante.
Guardamos o caminho que ensombra
e o que desvenda o mais longe, mais além.
Somos gigantes e anões, o carrasco e o refém.
Somos a noite e o dia, num sim e não infernal,
somos o génio e o monstro, mudando a cada instante,
somos a paz e a guerra, somos gente e animal.
E somos o querer e o não querer gritante,
somos o que dizemos e calamos,
o que expomos e guardamos…
Somos tão só viajantes, presos na dualidade
dos passos que dando, não damos,
em busca de eternidade.

Lágrimas de lua

3 comentários:

Jaime Portela disse...

Somos tudo e somos nada...
Somos caminhantes num beco sem saída.
Magnífico poema, gostei imenso.
Querida amiga, um bom fim de semana.
Beijo.

LuísM Castanheira disse...

A Beleza e o seu Contrário.
Somos feitos destas pequenas eternidades momentâneas, que o corpo sente e a memória regista. Somos assim… em viagem e evolução, se não, na destruição.
Gostei muito deste belíssimo Poema, minha Amiga.
Um beijo e um bom mês de Agosto.

Jaime Portela disse...

Gostei de reler este excelente poema.
Um bom fim de semana, querida amiga.
Beijo.

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...