perfumada e doce, nívea e perfeita.
Um dia vesti-me de sonhos, de eternidade e de mel,
de cumplicidade satisfeita.
Um dia vesti-me de encantos, abri as asas ao sol,
subi leve na aragem, fui pássaro livre, fui girassol,fui menina, fui mulher, fui tudo o que de mim te dei,
vela enfunada ao vento, caravela em tenebroso mar,
onda mansa pela areia, fui refugio que criei,
fui abrigo, fui espaço aberto para te aninhar.
Um dia despi-me dos sonhos, de ti e dos meus encantos,
despi-me da pele que não é minha, das mãos vazias
sem graça. Deixei as asas, vagueei pelos recantos
da realidade da vida. Vesti-me de cores sombrias,
como a noite de aveludado e acre sabor.
Um dia despi-me do amor.
7 comentários:
Ainda despes muitas vezes, e ainda bem que assim é...
Minha querida
Profundo e triste esse teu despedir!
Tem uma beleza muito própria.
Bom fim de semana
Beijinho e uma flor
Quando nos despimos do amor,
há um vazio que nos enlaça,
pairamos sobre um manto negro!
Abre as asas ao sol,
veste-te de paixão e alegria,
eu seguro tuas mãos com a minha ternura,
protejo-te em meu corpo - tua concha!
Beijos,
AL
O comentário correcto é...ainda vestes muitas vezes, e ainda bem que assim é...
Minha querida
Como sei do que falas neste belo texto...como sei desse despir de tudo o nos iluminou a vida e nos tatuou sorrisos no rosto e depois nos cinzelou a tristeza em cada poro da nossa pele.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Estas tuas palavras caem-me que nem uma luva!
:(
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