domingo, outubro 13, 2013

CASTELOS DE SOLIDÃO



Somos um feixe de pontas soltas...Umas tocam-se, outras não.
Somos um punhado de risos e lágrimas que atravessam a vida,
umas vezes pelo deserto, outras pelo mar sem fim outras pela multidão.
Somos o que somos, dando, recebendo, tirando...Somos um junco de partida.

Hoje somos o calor do verão, amanhã a neve da invernia,
hoje sabemos o caminho que queremos, amanhã tropeçamos sem rumo.
Hoje temos a vida pulsante no coração em festa, em louca euforia,
amanhã somos o nada, somos o pó sem futuro, somos débeis sem aprumo.

Hoje rimos como crianças, despreocupados, insanos,
amanhã caem as lágrimas de tantos duros desenganos.
Hoje damos as mãos num amor intemporal e único,
amanhã cortamos amarras do cais podre e antagónico.

Somos cabeça e coração, lógica e sentimento, amor e ódio,
ressentimento e perdão.
Somos o "nós" e o "eu", somos tantas vezes o "tu, o ele, o ela",
no fundo somos apenas um castelo de solidão.


4 comentários:

Flor de Jasmim disse...

Somos simplesmente isso tudo, mas com esperânça de sermos muito mais, de seguir em frente, não temendo o quanto possa ser impossivel.
Belssimo, adorei ler-te.
Boa semana minha querida.

beijinho e uma flor

Nilson Barcelli disse...

Somos o tudo... mas também o nada.
Magnífico texto, gostei imenso.
Querida amiga, tem uma boa semana.
Beijo.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Num dia somos claridade e no outro escuridão...num dia mar sereno e no outro tempestade.
Como sempre, e tu sabes que as tuas palavras ma tocam profundamente, porque me revejo nelas.


Um beijinho com carinho
Sonhadora

Nilson Barcelli disse...

Tem um bom fim de semana, querida amiga.
Beijo.

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As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...