terça-feira, agosto 27, 2019

SAUDADES....





Saudades!
Um sentimento agridoce que marca,
que assola com a força de um vulcão.
Saudades!
Sentimos do que foi bom; abarca
sonhos, desejos, risos; vida em profusão.
Saudades!
Não as quero calar, mas não as quero dizer,
quero que sejam passado, arrumado sem magoar.
Saudades!
Que sejam apenas memórias, num canto do viver,
como águas passadas de um longo caminhar.
Saudades!
Apenas as temos do que foi bom.
Cala-las? Não! Arruma-las para a eternidade,
sinal de que a vida teve o seu dom,
vibrou, cresceu, deu-se e calou-se na desigualdade.
Saudade? saudade…  saudade…

Lágrimas de lua

segunda-feira, agosto 05, 2019

PALAVRAS AO VENTO






Escrevo no sopro do vento norte
palavras de destino e esperança,
como quem vislumbra nova sorte,
novos rumos, auroras de mudança.
Dias de paz e solidão.
Dias de dourado perdão.
Escrevo na brisa do vento suão;
olhares de tenebrosa ausência,
lágrimas de distante ilusão,
de ingénua e mordente consciência.
Dias de calado coração.
Dias de antiga desolação.
Escrevo nos alvores da primavera,
o que, no inverno, o céu chorou,
e o outono fez sonho e quimera.
E o verão aqueceu e fermentou.
Dias de inebriante emoção.
Dias de insano amor e paixão.


Lágrimas de lua

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...