ecoam os passos pedidos
martelando a calçada.
De alma nua e desperta
entre soluços sofridos
de lágrimas enfeitada.
Soam os passos sem rumo
pelas pedras desbotadas,
como folhas arrancadas,
páginas feitas de fumo.
No frio deserto da noite,
escorrendo, o silencio magoa.
Barca de negra proa
sem porto que a acoite.
As pedras de olhos baços
engolem os passos perdidos,
escrevem no eco os traços
dos sonhos desvanecidos.
E só o frio trespassa, gélido
sem piedade...