Ainda há sol? Ainda há dia?
O meu respirar na aragem fria
é nuvem breve de nevoeiro sem cor.
Ainda há sol? Ainda há dia?
E os dedos crispados sem magia
roxos do teu vazio, da ausência, da dor.
Mas, ainda há sol? Ainda nasce o dia?
Então porquê esta máscara dura e fria.
esta adaga enterrada em mim sem piedade?
Este sol frio sem cor nem parceria,
sem sonhos, sem vida e sem idade.