A neblina matinal cheira a musgo,
cheira a pinheiro e alfazema,
à tímida violeta. À caruma molhada.
Hoje a rima fugiu sem destino
mergulhou no silencio duro e doce
que envolve a memória e a dor.
Que envolve a saudade e o sorriso amargo.
Escondida entre os pinheiros sábios
está a alma, o coração, o sentimento,
está um sopro de vida.
E a neblina cheira a vida, a musgo
verde, a terra túrgida e perene.
Em conciliábulo de deuses passam as horas
mortas; Vivas de memórias e sonhos
de desejos e lágrimas.
Hoje a neblina tem um cheiro profundo,
um lágrima no rosto, um nome nos lábios
e uma dor de saudade cravada no coração...
A neblina cheira a musgo verde de saudade.