terça-feira, junho 15, 2010

SEM MÁGOAS, SEM PENAS


Dobrei os restos, as sobras,

arrumei-os no esquecimento.

Alisei da vida todas as dobras,

dos sonhos, de cada momento.

Enterrei todas as lágrimas

e apaguei a chama ardente,

depus o escudo e a esgrima

fechei a porta, tranquei o batente.

Dobrei tudo o que sobrou

sem mágoas e sem pensamentos,

e deste espaço que ficou

quero fazer novos momentos.

Do vazio que não destrói

quero que permaneça apenas

esta calma que não dói

esta dor que não tem penas.

5 comentários:

Juℓi Ribeiro disse...

Simplesmente maravilhoso!
Como tudo que escreves.
O fascínio, a delicadeza,
o sentimento se derramam
em cada palavra tua...

Tenha uma semana maravilhosa.
Beijo.

Whispers disse...

Querida Amiga,
quantas vezes se tranca a porta,se atira com a chave,se limpa as lágrimas e se diz ''chega''

Quantas for preciso,porque sabemos que somos guerreiras e que o grito que tentamos muitas vezes sufocar será libertado.

Tua poesia me faz esquecer de alguns caminhos do mundo,te ler é dar luz a alma.

Obrigado por teu comentário, senti tua forca de amizade e ando a precisar disso.
Desejo que te encontres em nuvem de sonhos de felicidade e que tudo seja rosas em teu jardim da vida,mas rosas sem espinhos.

mil beijos com amizade
Rachel

rita disse...

há portas que nunca se fecham! ninguém sabe se é bom ou não que se fechem, mas a verdade é que tu também não as fechas de vez, deixa-as sempre entreabertas e resulta sempre.

saudade disse...

Que tenhas de facto fechado a parta e trancado o batente á tristeza, que os momentos que queres sejam de paz e felicidade...
Saudade

A.S. disse...

Não desistas de viver a vida intensamente! Tudo é tão breve... e a vida tem tantas coisas belas para desfrutar!!!


Abraços!
AL

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...