Quando a luz não rompe a escuridão
e o silencio nos toma pela mão
como criança perdida no caminho,
o que fazer para não perder o rumo?
Quando a dor vem à tona de mansinho
e abrindo a ferida mais um bocadinho,
deixa escapar todo o inverno,
o que fazer para se manter o prumo?
Quando a noite cai estrelada e fria
e a estrada fica ainda mais sombria
agrilhoada e presa num imenso inferno,
o que fazer para olhar o amanhã?
Como se espera por outro amanhecer
quando só o breu envolve todo o meu ser?!