quinta-feira, julho 14, 2011

VESTIDO DE ESPUMA E OURO



Acordei em verde leito


feito de sonhos e encanto,


de trinados soluçantes



a rebentar no meu peito.


Vesti-me de espuma e espanto,


de raios solares cintilantes


a reverberar no escuro


deste túnel frio e sozinho.


Entrancei o meu cabelo


com fitas de ouro puro,


perfumei com rosmaninho


este corpo em duelo.


Calcei as sandálias de vento,


Eolo brincando no céu,


abri as asas do desencanto


voguei perdida sem tempo,


cobri-me de denso véu


tecido de mágoas e pranto,


tecido de enganos meus.



3 comentários:

Flor de Jasmim disse...

"abri as asas do desencanto

voguei perdida sem tempo,

cobri-me de denso véu

tecido de mágoas e pranto,

tecido de enganos meus."

Sublime!!!! Que essas asas do desencanto te façam voar bem alto e continuar a escrever maravilhosamente.
Beijinho

rita disse...

Sonhos, duelo, desencanto, perdida, enganos...???

Flor de Jasmim disse...

Venho deixar um beijinho muito especial neste dia da amizade.

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...