cinzentas aveludadas.
Rasga-se o véu que sobre os meus olhos habita,
e o coração palpita,
as mãos procuram um rumo, incerto, estranho,
sem nexo, insano, sem jeito ou tamanho.
O tempo não é tempo, a luz é escuridão,
o caminho não tem fim, nem principio,
não tem meio...Não tem nada. Solidão
acesa no mais fundo do ser, princípiodos princípios e fim dos fins.
Rasgam-se os céus, e os véus, rasga-se a vida,
rasga-se o peito vazio de tudo. Dividida,
sem pátria nem leito,
sem rumo nem jeito.
Rasga-se...Rasga-se....Rasga-se...a carne em desalento!