Desce a cortina devagar sobre o ultimo acto
de uma qualquer peça sem história, desarticulada,
sem jeito, sem cor, sem memória. Com o frio fiz um pacto,
de noite negra me vesti, e saindo caminhei, desencontrada.
Desencontrada de mim, despida de luz, de vida e cor.
Errante, pelos caminhos que trilhei um dia na crédula ilusão
de que a vida é bela, que tudo é possível, que vencerá o amor.
Cada passo é um turbilhão de sentimentos, um duro grilhão
em cada sonho desfolhado. Uma furtiva lágrima de desilusão.
Desceu o pano sobre o ultimo acto de uma peça qualquer,
desce mansamente a aveludada cortina, parece que quer
amordaçar todas as dores, afogar a solidão...
Mas não...Apenas põe um fim a um coração.
4 comentários:
Será...?
Doce beijo
Depois de descer a cortina volta sempre a subir, para os actores que regressam ao palco, para uma nova peça, não se sabe, mas volta a abrir-se...
Não minha querida,não desce, mas se descer voltará a subir com aplausos para que os actores voltem.
Acredita nessa força que existe em ti.
Boa semana minha querida amiga
Beijinho e uma flor
Minha querida
Hoje passando para oferecer o meu selinho de 3 anos de blogue,uma fatia de bolo e uma taça de champanhe e agradecer o vosso carinho que foi o que me fez chegar aqui.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
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