Ruge o céu plúmbeo
de desespero. Ruge calado, sem som!
Grossas bátegas
caem dos seus mil olhos de sombrio tom.
Na terra tudo
é silencio e expectativa ao cair da chuva pesada,
e as nuvens
rolam sobre a minha cabeça sem rumo, desnorteada.
As estrelas,
envergonhadas, espreitam pelas nuvens negras,
mas não se vê
a sua luz, o seu brilho não pontilha o céu desta noite,
só esta
tempestade calada, dura, ribomba em clarões sem regras,
sem normas,
sem pejo, sem medo, sem nada. Sem espaço que me acoite.
Olho o céu
acobreado e cinza, como pássaro de morte de asas vazias,
de garras
afiadas e dilacerantes, abatendo-se sobre mim sem dó.
Enterra as
lancetas nas memórias, deixando-as esvaídas e frias,
brancas,
soltas, esquecidas transformando-se somente me pó.
Ruge o plúmbeo
céu sobre os meus passos tristes e tementes,
evolui a
tempestade entre o silêncio das minhas dúvidas fermentes.
Da angústia
sufocante como corda de enforcado apertando mais o nó.
Ruge em surda
raiva de ironia, em baixo de olhos posto no céu, eu…Só!
1 comentário:
Triste minha querida luar!
É de angústias de dúvidas de falta de esperança que muitos de nós estamos a sobreviver.
Dentro do possível tem um boa semana querida.
beijinho e uma flor
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