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Subi ao eterno para te contemplar,
das etéreas nuvens, beijar a sombra que em mim ficou.
Subi ao mais alto dos céus para implorar,
que tudo se apague, esfume, que se dissolva o que sobrou.
Marioneta sem jeito, presa por fios de gastos luares,
olhos de andorinha sem beirado, asas quebradas de vento
suão. Boneca de trapos numa cadeira sem tempo nem vagares.
Folha arrancada a uma árvore sem nome que suspira num
lamento:
De onde vem o vento norte? Que navios traz encurralados nas
vagas?
Que sonhos espreme pelos caminhos de arrepiado desalento?
E que novas, em amarelecidas cartas, contam diletantes
sagas?
Subi ao eterno para te contemplar,
de longe, do meu silêncio; dura clausura de monja, descalça
nas negras pedras, de um caminho ainda por caminhar.
Subi ao mais alto dos céus; dancei uma longínqua valsa
de desconcertado piano, desafinada ortografia, patética
melodia.
Subi ao celestial azul para te olhar
e derramei, sem querer, pérolas de um longo penar.
8 comentários:
Quando as folhas são arrancadas a dor é muito forte!
Beijinho minha querida
Uma valsa longínqua, mas tão perto...
Parabéns pela excelência do poema, gostei muito.
Bom fim de semana, querida amiga.
Beijo.
Belissimo texto. Parabéns!
Convidamos a ler o capítulo VIII do nosso conto escrito a várias mãos "Voar Sem Asas"
https://contospartilhados.blogspot.pt/2018/04/voar-sem-asas-capitulo-viii.html
Saudações literárias!
Uma dança de mágoas vestidas de nostalgia. Adorei tão belo poema. Boa semana amiga e beijos com carinho
Excelente poema, minha Amiga, onde a dor é um forte vendaval.
É o "vento Norte" sentido pelas árvores que, de pé, guardam memória.
Um beijo de luar.
Passei para ver as novidades.
Mas gostei de reler o teu excelente poema.
Continuação de boa semana, minha amiga.
Beijo.
Poema doce e muito sedutor.
.
* Sexo na Vertente BDSM: Violência ou prazer? Artefactos usados. *
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Beijinhos
Lindo poema! Dançando do nos céus; voando nos véus do vento suão!... Um poema de estrutura, ritmo, musicalidade e conteúdo robusto, que faz a gente encantar no canto dele. Parabéns! Tudo de bom! Grande abraço. Laerte.
OBs: Cada vez que aqui venho, lembro de Leninha... Que Deus a tenha!
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