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Vai onde a vida te levar, mas vai inteira, não vás à toa.
Não deixes para trás a chama que te iluminou os dias,
que te pôs em movimento, que te deu alma.
Vai onde a vida te levar, mas vai erecta; na proa.
Senhora dos quereres que são os teus guias,
vai segura e vigilante por essa estrada de calma.
Não carregues o lixo, que te pesa sem proveito,
não leves as sombras de passados sem volta,
nem futuro sem esperança – vago, vão.
Mas a vida arrasta na torrente, perde-se o conceito
de lutar, de querer, de morder a dor e a revolta.
A vida leva de arrastão, em cambalhotas sem chão,
sem ar, sem cor, sem meta; passos sem direcção.
Perdeu-se a chama, perdeu-se o brilho vestindo o olhar.
É só a vida a passar, passando, sem deixar rasto, nem luz.
E sigo, bolha de estagnado ar, rolando sem água nem pão.
É só vida despida de tudo; nua, lapidada, a resvalar.
Monte de ressequida quimera, decompondo os dias que depus.
Onde estão
as minhas Lost Sparkles of life?
Lágrimas de lua
3 comentários:
Um poema soberbo.
Parabéns pelo talento.
Continuação de boa semana.
Um abraço.
Vai onde a vida te levar.... mas não percas o brilho...
ele está dentro de nós e principalmente no nosso olhar...
Beijo e bom ano.
Saudade
Gostei de reler este magnífico poema.
Querida amiga, um bom fim de semana.
Beijo.
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