Na volta da estrada já gasta da vida; um olhar.
Um sorriso breve, um sorriso esgotado.
Uma figura encanecida de Tempo a esgotar,
Passando veloz sem se fazer notado.
Mas passa, correndo como um louco,
Passa, roubando os dias, as horas, as memórias.
É já nessa volta da estrada, que o Homem fica rouco
de calar o grito de dor. De olhar o vazio das vãs vitórias.
Porque tudo se esvai… tudo se vive e se enterra:
a Vida apressa-se a resvalar, e esquecemos o que é Viver.
De repente o futuro é agora, perdemos o pé e a terra,
perdemos o dia e a noite. Só não queremos esquecer.
Na volta da estrada já gasta de vida – um homem
enfrenta o declínio, o fim, o oblívio.
Na volta da estrada já gasta de vida, os sonhos somem,
perdem-se os passos, aceita-se o fim e o martírio.
Lágrimas de lua
6 comentários:
O Tempo é um ladrão
Dá com uma mão
E tira com outra.
E das memórias construídas
tudo se esvai...
até ao esquecimento final.
Mas, mesmo assim, a Vida
tem o seu Tempo para ser
Vivida.
Gostei muito.
Um beijo, minha amiga.
Tenha uma semana feliz.
O tempo envelhece tudo e todos.
E ao mesmo ritmo de um dia por cada dia...
Excelente poema, gostei muito.
Bom fim de semana, querida amiga.
Beijo.
Olá!
A vida é assim.
É triste, mas é como diz...
Bom fim de semana, para si!
Así la vida va, de una manera y de otra.
Abrazo
NADA fará esquecer este Ano terrível quase no fim. As pessoas hão-de lembrar todas as vicissitudes do dia-a-dia.
Um Feliz Natal e um Ano Novo de saúde e gosto é o meu desejo querida amiga Teresa.
Um beijo
Fantástico poema minha querida, o tempo passa, é inevitável, que nos ajude a aprender com ele.
Um excelente 2021 para ti
Beijinhos
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