segunda-feira, janeiro 11, 2010

DISTANTE FEITICEIRA

Desce a noite mansa sobre o coração vazio,
a lua feiticeira distante, rebrilha, prateada
no escuro céu, opaco manto frio.
O silencio pesado,minha companhia alada,
caminha denso a meu lado, passo a passo,
percurso batido e sabido que faço
de cor e sem sentido, vogando como folha
na imensidão de um vago sentir não sentindo.
Ao sabor do vento quente flutuo numa bolha
isolada e transparente, subindo sempre subindo,
descendo cada vez mais descendo...
E doendo, doendo, sempre doendo.
Nasce um novo dia sobre o coração vazio,
a bruma fresca da manhã acorda a vida,
só não aquece este eterno e duro frio
que me invade sem tamanho nem medida.

2 comentários:

rita disse...

O nosso calor TEM QUE aquecer nesses momentos, por muito que custem!

A.S. disse...

Deixo o calor do meu abraço... talvez aqueça o vazio
desse coração tão frio!


Beijos...
AL

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...