Quando a lua descer sobre as águas
e dos raios prateados tecer sonhos brilhantes,
e o frio da noite calar todas as mágoas
e das duras lágrimas fizer tiaras de diamantes,
o grito trancado na garganta terá voz.
Quando o Inverno cobrir com o seu manto
toda a dor e a agonia, toda esta heresia
de uma alma em chaga e mudo pranto
e enterrar de vez a louca e doce fantasia.
Este grito agudo e mudo terá voz.
E quando o sol romper de novo as trevas
do querer desmesurado e quase maldito,
e tu, alma velha, de novo te atrevas
a acreditar que tudo é possível e infinito,
então o grito cantará no teu peito a plena voz
não mais prisioneiro de um inventado "nós",
liberto dos grilhões de um sonho belo mas atroz
bordado por minhas mãos a ponto de retrós.
Quando a lua descer prateada sobre as águas...
1 comentário:
Minha querida Amiga
Que venha logo essa lua prateada
Que venha logo essa calma de paz na tua alma
Afinal somos nós que fazemos o bordado da nossa vida
Tempo de pegar na agulha e pano e bordar o mais lindo amor, pintado com todas as cores e deitar nele maravilhas de flores e caminhar com asas de borboleta e ser leve e feliz
Querida tua leveza se encontra na alma da tua poesia
Mil beijos com carinho
Rachel
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