terça-feira, junho 15, 2010

SEM MÁGOAS, SEM PENAS


Dobrei os restos, as sobras,

arrumei-os no esquecimento.

Alisei da vida todas as dobras,

dos sonhos, de cada momento.

Enterrei todas as lágrimas

e apaguei a chama ardente,

depus o escudo e a esgrima

fechei a porta, tranquei o batente.

Dobrei tudo o que sobrou

sem mágoas e sem pensamentos,

e deste espaço que ficou

quero fazer novos momentos.

Do vazio que não destrói

quero que permaneça apenas

esta calma que não dói

esta dor que não tem penas.

sexta-feira, junho 11, 2010

SOMBRAS DO MEU CAMINHO...


Acordam as doces sombras do caminho

que trilho em passos lentos sem fim,

nos ramos das árvores em cada ninho

aconchega-se a vida sem mim.

Nas veredas desta oca vida

que passo a passo se percorre,

entre lágrimas e sorrisos dividida,

o coração lentamente cala-se e morre.

Doce morrer entre o arvoredo,

entre as sombras das veredas!

Doce olhar à volta, e sem medo

partir suavemente envolta em sedas,

em carmim e verde água,

entre azuis e lilazes de saudade.

Alma que deslizas sem a mágoa

que um dia te feriu sem piedade.

Acordam as doces sombras do meu caminho...

terça-feira, junho 01, 2010

SOMENTE O SOL....

O Sol brilha no céu azul e sereno,

a brisa de um verão anunciado

sopra ao de leve os meus sonhos,

o coração finalmente em paz, repousa.

O Sol bem alto, quente e pleno,

irradia calor e um ambiente desusado

que afasta o bizarro e enfadonho,

enchendo-me da calma de quem ousa

caminhar pela vereda silenciosa,

umbrosa, verde e majestosa.


O Sol brilha com fulgores de verão,

a terra ri sob os seus raios dourados,

eu caminho a trilho solitário

de quem achou finalmente a sua rota.

Calmo, manso, cadenciado bate o coração,

longe dos sonhos loucos e ansiados,

os passos seguem ao contrário

daquela vida que eu fiz digna de nota.

Mas o Sol continua a brilhar alto no céu

e eu a trilhar a vereda de sombra...

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...