Balanço, balanceando na corda da ilusão,
balanço, menina louca, nesta imensa indecisão.
Balança criança adulta, na esperança de uma certeza,
balança mulher ingénua, lutando na aspereza
do caminho que traçaste.
Balanço, balanceando na certeza do pouco espaço,
balanço cambaleando, no tempo que é sempre escasso.
Balança, balança sem fim, dolente e sem pensar,
balança no rodopio do espaço por conquistar.
Tropeça naquilo porque lutaste.
Balanço, balanceando deixando que me fira
o balanço desta mágoa, este mar da eterna ira.
Balanço, balanceando contra a outra que sou eu.