domingo, outubro 16, 2011

AUSENTES...

Como um grito na noite escura
a ausência dói,

como o sonho que vem morrer

na maré do tempo passado.

Perdido.





A verdade é como a adaga dura,

como a mó que mói

o sentimento que teima em sobreviver

e se lança contra o rochedo calado.

Emudecido.

Pássaro negro de olhos em fogo,

quantos sonhos rasgaste a rogo

de um destino embravecido?

De um mar louco, enraivecido?

Quantas lágrimas de sal por enxugar,

quantos mais sonhos ainda irás matar?

Como um grito na imensidão da vida,

vazia de esp'rança, plena de certezas,

vulcão de dor, lava de desalento.

Caída na areia húmida, enegrecida,

banhada pela fria lua das profundezas

da ausência e do esquecimento...


Como um grito na noite acesa






3 comentários:

rita disse...

só os bons momentos não são suficientes?

Flor de Jasmim disse...

Minha querida
Tuas palavras emocionam.
A verdade dói, por vezes está à nossa frente e por vezes tentamos não a ver, talvez para não sofrer.
Beijinho e uma flor

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Por vezes há uma ausência presente. que magoa e nos rouba os sonhos.
O teu poema tocou-me muito e disse-me tanto de mim.

Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...