A noite sobrepôs-se ao dia.
No breu estrelado e longínquo
uma estrela cintila lá no alto.
A envergonhada lua fugidia
brinca com o riacho ubíquo,
docemente escorrendo pelo basalto.
A voz murmurante do negrume
veste a alma errante de poesia,
faz com que o vazio se esfume
e enche a noite de magia.
Aconchega nas mãos negras e cálidas
os corações em agonia,
cobre com o seu manto de rosas pálidas
esta nocturna sinfonia.
A noite desceu mansa, silenciosa,
prenhe de segredos e desejos,
de sonhos e desenganos.
As mãos postas em prece ansiosa
soluçada de perdidos ensejos,
ecoa na noite como vagabundos insanos.
Oh! Negra noite fugidia...
4 comentários:
Lindo!!!
É no silêncio da noite que o meu olhar penetra o interior da minha vida.
Beijinho e uma flor
Amiga aceitei com muito gosto o teu pedido, comi uma castanha por ti e atrevi-me a bridar com o meu amor à LAGRIMAS DE LUA.
Simplesmente divinal!
Noite, silêncios... ingredientes mais que suficientes para construir poesia...
Beijo
Às vezes, a noite
vem plena de luz,
faz-nos o leito,
beija-nos as pálpebras,
desnuda-nos
acendendo o desejo,
a carícia suprema
orvalhando o corpo do poema!
Meus beijos...
AL
A noite que chega cada dia mais cedo...
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