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afaga os cabelos do desalento com uma carícia,
cobre a solidão com o corpo quente do desejo,
toca a escuridão com o olhar que vicia.
Acolhe no teu peito desnudado as lágrimas frias
de uma nuvem que se desfaz no vento norte.
Grita no silêncio bravio onde anuncias
a nova madrugada de uma incerta sorte.
Rompe a profunda noite emudecida de vida,
rasga a bruma desta lagoa perdida
envolta em tenebrosa perdição.
Solta as velas do novo dia por nascer ,
abraça amorosamente o sonho por escrever
na palma aberta da minha mão.
Rompe o negro mar em convulsão
desfazendo-se em alva e altaneira espuma,
prende forte, em funda caverna, a solidão,
ilumina a penumbra que se esfuma
no toque breve da tua madrugada.
Deixa que os véus da aurora se desfaçam
nos beijos meigos de uma efémera fada
de pés ligeiros e diáfanas asas que traçam
raios de rimas e poemas na pele suada.
4 comentários:
Que a solidão seja banida da face da Terra.
Beijinho e uma flor
Minha querida
Uma solidão embalada pelas ondas do vazio e tocando as asas do amor.
Lindo como sempre...adoro ler-te, encontro-me tanto nos teus poemas.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
Solidão é como bicho ruim, quando pega não desgruda mais...
Amei o seu poema!
Um beijo
...por entre o nevoeiro emerge o barco que me leva na água navegável do teu poema!
Ternos beijos!
AL
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