quinta-feira, novembro 24, 2011

PÉS NUS

Sob os pés nus, as folhas mortas,

os sonhos rasgados e as esperanças perdidas.

As águas presas entre estanques comportas

debatem-se por liberdades incontidas,

por espaços abertos e margens verdejantes,

por correrem sem tempo saltitantes.

Sob os pés nus o vazio hiante,

o espaço deserto de um inverno escuro,

e a melodia desconsertada e sussurrante

de um trilho apertado, despido e duro.

Vazias as mãos abertas, despido o coração

sem cor. Só o espaço atapetado de imensidão.


Sob os pés nus a vida flui somente...

5 comentários:

Flor de Jasmim disse...

Palavras que muito me dizem...ao ler fico com a sensação que foram escritas para mim. Adrei minha amiga, revejo-me imensas vezes em teus poemas.
Beijinho muito grande

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Como o teu poema tocou fundo na minha alma...e como as tuas palavras poderiam ser minhas.
Como sempre maravilhosa a escrita da tua alma.

Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora

rita disse...

Os pés nus ficam frios....

Secreta disse...

A vida flui...sem encanto...
...por vezes.
Beijito.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Passando para agradecer o carinho de sempre e oferecer uma fatia de bolo do meu aniversário...embora virtual é de coração.

Beijinhos com carinho
Sonhadora

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...