são os desmandos de uma vida.
Desfeitos os sonhos, mortas as esperanças impenetráveis
como rosas desfolhadas na partida.
Suspensos os beijos no adeus que doeu,
perdidos os braços no abraço que morreu,
soluçados os desejos no tempo que terminou
no breve segundo que um suspiro levou.
Feita de densas brumas sem luz nem espaço,
são as veredas de uma vida cativa.
Poema sem rumo, palavras sem tom, pequeno pedaço
de um esfarrapado sonho sem perspectiva.
Feita de brumas...Feita de brumas...Feita de brumas,
tristes, insondáveis, dolorosas e impenetráveis brumas.