Há na noite o veludo do segredo e o desespero da imensidão.
Há na voz do mar o eco do tempo que passou e do que se perdeu,
há nas mãos abertas o vazio por preencher e a dolorosa vastidão
por terminar, por entender, há a ânsia do dia que não nasceu.
Há na lua prateada a frieza do brilho refulgente e distante,
há nas horas mortas a vida que pulsa intensa e incessantemente.
Há em cada olhar a profundidade de um sonho latente,
um secreto desejo docemente guardado no fundo do ser,
há o beijo adiado, a amor incumprido, a ferida permanente,
a dor silenciosamente navegada, abraçada mesmo sem se querer.
Há na noite o vestígio de mais um dia, passado, vivido, cumprido
como um dever, como uma obrigação sem razão, só percorrido.
Sem qualquer justificação... Há na noite....Tanto por caminhar...
4 comentários:
Há na noite tanto mistério à espera de serem descobertos!
Lindo querida, amei
Bom fim de semana
Beijinho e uma flor
Gostei do teu blogue e da tua poesia.
Voltarei, por isso.
Beijinhos.
Há na noite tanto por desvendar....
Beijo de
Saudade
Sim... há na noite tanto por caminhar... e tantos caminhos à espera de serem percorridos!...
Beijos,
AL
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