e os olhos não podem atingir.
Lá nas profundezas do incógnito onde tudo se desmente
e a vida teima em prosseguir.
Lá onde as brumas se confundem com oásis ansiados
e as mágoas dão as mãos às alegrias loucas.
Lá onde os sonhos são náufragos desesperados,
despidos de todos os desejos, de todas as roupas.
Lá onde o sol se põe e a noite se levanta, prateada,
e os risos morrem aos poucos nos lábios vazios.
Lá onde a esperança dorme em penas aninhada
e os sonhos se debatem entre diamantes, rubis, topázios,
ágatas, ametistas, esmeraldas, ou apenas em negras brumas.
Lá, onde se perde a alma, onde os demónios habitam,
Lá onde o tudo e o nada são apenas encapeladas espumas,
lá onde o infinito é finito, e o sim e o não já não
comunicam.
Lá…lá onde todos os demónios se escondem….