Hoje...
Vou aprender com o passado e dar um passo em frente,
vou atirar ao mar o que me pesa e cortar o mal de forma permanente.
Hoje...
Vou perdoar um amor perdido e amarfanhado,
vou arrumar de novo a casa e tirar o pó entranhado.
Hoje...
e o horizonte que fique em sonhos embalados de marés.
Hoje...
vou pegar nos restos de uma vida e refazer este "embrulho"
que me foi deixado como herança, como penhor de um passado.
Hoje vou dizer que já chega, bater o pé e enterrar TUDO bem enterrado.
Hoje.... Hoje.... Hoje vou chorar sobre um leito de rosas desfolhadas.
2 comentários:
Hoje, minha amiga, enterre de vez a dor, a mágoa, a injustiça e o orgulho, e refaça o “embrulho” que te foi deixado como herança e penhor de um passado... Hoje, apenas hoje, diga que já chega, bata o pé e enterre TUDO bem enterrado, para que esse passado nunca mais volte a te assombrar... Atire ao mar o que te pesa nos ombros, perdoe aquele amor perdido e arrume novamente a casa para tirar aquele pó que a tudo cobre e não te deixa ver a beleza da decoração que tens na alma... Volte a olhar a estrada que se estende no caminhar dos teus pés e fite o horizonte que está a embalar teus sonhos mais bonitos... Hoje, ainda hoje, chore sobre um leito de rosas desfolhadas...
Mas AMANHÃ, minha linda, amanhã te chegará como uma nova promessa de vida, novos caminhos descortinarão ao teu olhar um céu de infinitas possibilidades, e tu voltarás a ser feliz, a sorrir, a sonhar e novamente amar... Amar a vida! Amar a ti mesma!
Desculpe ter passeado no teu texto, amiga, mas gostei tanto dele que tive de fazer um contraponto às avessas (risos).
Nos sorrisos e estrelas que te deixo, meu anjo, a certeza de que estou sempre torcendo por ti, desejando que a tua vida seja plena de alegria e realizações.
Com carinho,
Helena
Enquanto as memórias forem grãos de areia a escoar lentamente por entre os dedos, o tempo continuará a caminhar sem olhar para trás, porque o seu mundo será sempre para frente, até que chega o momento de “perdoar um amor perdido e amarfanhado” e de novamente arrumar a casa e “tirar o pó entranhado”.
Não é uma tarefa fácil esta que temos de nos ater ao tempo com tantos sonhos para realizar, com tantos projetos a construir, e sentir que estamos ao tempo subjugados, que somos mercê de seus caprichos e desmandos, que ele nos é pouco quando dele muito precisamos e que ingratamente se torna extenso quando temos tão pouca vontade de sonhar... Mas tu hás de conseguir vencer as vicissitudes do tempo, porque trazes nos olhos a esperança, por mais louca que ela pareça, e por teres “no coração o amor sem deixar que se desvaneça”.
Minha linda amiga, sem encontrar uma nova postagem, passeei por teus poemas colhendo aqui e ali elementos para compor meu comentário. Não antes de apreciar a magia da tua escrita. Também gosto, como tu, de poetizar sobre o tempo. É como se ele nos comandasse até nestes momentos de construção/inspiração/poesia. Alguém já disse que somos escravos do tempo, e talvez assim seja, mas muitas vezes o vemos atuar a nosso favor, principalmente no apagar de rastros doídos que teimam em nos marcar os passos...
Tenho uma grande admiração por ti, meu anjo, pela tua forma magistral de compor os poemas, e também pela coragem e determinação com que enfrentas os entraves dos caminhos... Tu és uma pessoa linda!
Que no teu final de semana tenham anjos a espalhar sorrisos e estrelas nas tuas horas.
Com carinho,
Helena
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