Cavaleiro andante de auroras nebulosas,
onde se perde o tempo e as horas repousam.
Vens do desbaste das memórias tenebrosas,
como arqueiro de guerras perdidas que poucos ousam,
que poucos tentaram, que muitos fracassaram.
Cavaleiro andante de sonhos esfumados,
dos tempos sem tempo, sem eira nem beirado,
trazes no corpo as marcas de amores derramados,
de esquecidos beijos, de mãos ocas e olhar aloprado.
Cavaleiro andante que tantos conheceram e desprezaram.
Hoje és apenas memória, és neblina do intemporal sonho,
és vaga sombra no caminho, sopro de aragem mansa.
Como folhas em Outonal madrugada onde deponho
as mais doces lembranças passadas; minha arca da aliança.
Ah, cavaleiro andante, quantos sóis te açoitaram?
Lágrimas de lua
Imagem retirada da net |
4 comentários:
Um poema brilhante.
Os meus aplausos pelo talento das tuas palavras.
Querida amiga, continuação de boa semana.
Beijo.
Adorei o poema.
Profundo, triste mas cheio de significado.
Obrigada por partilhares
Beijinho
Passei para ver as novidades.
E gostei de reler o teu magnífico poema.
Querida amiga, aproveito para te desejar um bom fim de semana.
Beijo.
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