quinta-feira, novembro 08, 2018

A LONJURA DO MAR






Há auroras que são imensas
plenas e densas.
Há sorrisos que são poemas
sem gráficos nem teoremas.
Há sonhos que morrem no cais
do adeus, de simples mortais.
Há beijos que pairam sem destino,
estrelas suspensas, em desatino.
Há palavras que secam sozinhas
em corações doendo por almas mesquinhas.
Há luares que são asas de gaivota,
rumorejando numa praia ignota.
Há letras na poesia de um olhar
perdido na lonjura do grande mar.
Há palavras que tombam caladas
como  sombras de memórias aladas


Lágrimas de lua

3 comentários:

LuísM Castanheira disse...

"...Há palavras que tombam..." em Poesia.

Sorrisos rasgados sem régua ou compasso. Um Poema aberto ao dia, explanado. Ao Sol.
Mesmo que esteja a romper...as sombras doutros males.

Gostei muito deste "olhar perdido", quase mar, quase querer nele estar.

(Um pouco ausente tenho andado por aqui, ou por outro lado, mas apreciei sobremaneira o
comentário que me deixou. Ainda bem quem de mim se lembra, também.)

Um beijo, Amiga.

saudade disse...

E há palavras que se transformam em belos poemas...
beijo de...
Saudade

Jaime Portela disse...

E há palavras que primam pela excelência poética.
Como neste poema, do qual gostei imenso.
Continuação de boa semana.
Beijo.

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...