Sob um céu de desencontros, a vida esvai-se,
a vida passa, corre e escorre, como revolto ribeiro.
As nuvens murmuram sonhos, o tempo contrai-se,
cristalizado em cinzentos e esfumado nevoeiro.
Como almofada de memórias, perdidas no vento,
deslizando como espuma em céu sem cor,
passam as horas, os dias, e a vida que enfrento
de mãos nuas, onde já se afogou a dor.
Sob um céu de aveludados sonhos,
que um dia foram caminho e vida,
deslizam tempos de sorrisos tristonhos,
perpassam cores de uma paleta esquecida,
Que o tempo não poupou.
Que o pintor abandonou.
Que a vida apagou,
e o poeta, em silêncios, amordaçou.
Lágrimas de lua
3 comentários:
"A vida é como um ribeiro"
Anda apenas para a frente
E leva em sua corrente
Sem dó nosso tempo inteiro
De um plano, como certeiro
Para uma vida sorridente.
Porém, mais que de repente
Tudo é nada e é o derradeiro
Plano que se faz na vida
Depois se arfante lida
Querendo vencer o mundo.
Amiga, a apetecida
Vitória está esquecida
E vencemos em um segundo!
Grande abraço! Laerte.
A vida passa mesmo...
Gostei do poema, é magnífico.
Um bom fim de semana.
Beijo.
Passei para ver as novidades.
Mas gostei de reler o teu brilhante poema.
Querida amiga, um bom fim de semana.
Beijo.
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