Abre as asas, pássaro negro, ensina-me o teu voo.
Acolhe-me, pássaro negro, no calor do teu ninho.
Desdobra o negro do teu voo em raios de luz e caminho,
em rotas de descoberta, em coragem e denodo.
Voa, pássaro negro, nas auroras de róseos ventos,
nas brumas de espuma ardente, adentrando-se no peito.
Paira, pássaro negro, sobre as sombras de amor feito,
derretendo na lonjura, de silenciados fragmentos,
de adormecidas palavras e gritados silêncios.
Abre as asas, pássaro negro, leva-me na tua viagem,
não temas ventos nem marés, ou a força da solidão,
Voa, pássaro negro, na tua ilha, tua rota de ilusão.
Lança-te no espaço sem retorno, faz-te ao sol e à aragem.
Olha, pássaro negro, à tua volta tudo é noite sem luar,
respira, pássaro negro, a singeleza da tua cor e leva-me no
teu voar.
Imagem da net |
Lágrimas de lua
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