Há palavras que soam como laminas cortantes
e abrem fundos poços de áridos desertos.
Há palavras que soam a ódios gritantes
manchando tudo à sua volta. Deixando incertos
os caminhos, perdidas as memórias,
vãs a dádivas e os sonhos, cada luta,
cada passo; Perdem-se as histórias,
os risos, perdem-se os laços na labuta
por uma insana certeza, uma sombra...
Há palavras que pairam quais rapinas,
gladiadores de encarniçada guerra.
Há palavras duras como o sol nas salinas
de garras afiadas como uma fera.
Há palavras.