Aprendo a viver meia vida, como a vida permite,
com o coração dividido entre o querer e não querer,
nada é como se sonha, tão pouco como se admite.
A luta é um caminho sem luz por percorrer,
aprendo a viver meia vida, assim me deram sem escolha,
e oscilo qual baloiço de menina, entre o sim e o não.
com o coração dividido entre o querer e não querer,
nada é como se sonha, tão pouco como se admite.
A luta é um caminho sem luz por percorrer,
aprendo a viver meia vida, assim me deram sem escolha,
e oscilo qual baloiço de menina, entre o sim e o não.
Sou como a borboleta que, presa, através do casulo olha,
olha sem ver, sem esperar e a um tempo esperando em vão.
Aprendo a viver meia vida, nesta vida sem parar,
onde me esforço por não ver, não sentir e não pensar.
Aprendo a viver meia vida seguindo as pegadas do vento,
como folha sem rumo, como bruma ténue na alvorada
onde me perco, me embrulho e me sento,
onde vivo e me encontro sempre nesta encruzilhada
de viver apenas meia vida, caminhando dividida
entre o sonhar e o acreditar, e a esperança perdida.