Se olho para trás, se olho para a frente, somente o vazio me acolhe.
Se olho para os passos que dou, apenas o pó se cola aos pés.
Depois da plenitude vem sempre a queda e só ela me recolhe
nos braços amantes de quem conhece todas as marés,
todos os ir e vir sem rumo certo, sem consistência ou futuro.
Até quando esta caminhada, este rumar a uma meta incerta?
Até quando este vendaval de sentimentos que se abate duro
sobre mim? Sem medida, sem solução, sem decisão certa.
Este limbo estranho e descolorido, onde impera o cinzento,
é o vestido que me cobre o corpo abandonado e vazio,
que se amordaça a si mesmo no silencioso lamento
de um beijo que se perdeu no caminho longo e frio.
2 comentários:
Deixa-te navegar ao sabor das emoções, sobre a sensualidade das ondas, encontrarás os braços amantes que conhecem todas as marés!!!
Gostei do teu poema. Muito!...
Beijos,
AL
Acredita, acredita, acredita....
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