terça-feira, setembro 06, 2011

NOITE SEM PEJO



Quando a lua descer sobre a imensidão do desejo,

quando as estrelas explodirem em mil estilhas,

e o grito rasgar a noite sem pejo.




Quando as mãos sofregamente se tocarem

e as lágrimas redondas das partilhas

descerem mansas pela face e se entregarem.



E quando os corpos sem barreiras se doarem

nos doces lençóis da madrugada,

e banhados pelos raios de sol entoarem



a melodia suave da efémera felicidade,

deixando a indelével marca enrugada

de uma vida sem saída.



Então o noite será um fulgurante momento de intensa e breve euforia.



4 comentários:

Secreta disse...

Breve euforia...que se faz eterna, nas nossas memórias.

A.S. disse...

A noite vem plena de luz,
faz-nos o leito,
beija-nos as pálpebras,
desnuda-nos...
é aqui a fome nua,
o prazer exacto
a luz e o olhar
acendendo o desejo,
a carícia suprema
acendendo o corpo do poema!


Ternos beijos!
AL

Flor de Jasmim disse...

Estou sentada à minha janela
como companhia a solidão
olhando a lua
observando seu brilho
que me dá atenção.
Beijo

BlueShell disse...

Perfeito...um poema lindo que me tocou. Bj

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