Caem as lágrimas mansas como chuviscos de verão,
há um buraco profundo e negro no lugar do coração.
O vazio está mais oco, mais inaudível, mais sem volta,
faltas-me como o sol que se pôs no fim de mais um dia.
Ao meu redor, tudo gira normalmente em rédea solta,
este é só mais um momento na minha estrada só de uma via.
Caem as lágrimas de saudade imensa e dor sem fim,
Resta-me a consolação que descansas, ainda que longe de mim.
Há um vazio que me habita e arrasta sem dó nem piedade,
que me prende os pés como grilhetas de duras lâminas
que ferem, ferem, ferem.... E têm o gosto acidulado de eternidade.
Vazio e dor, colam-se à pele como densas neblinas
Caem as lágrimas, desfaz-se o trio, morre-se um pouco também,
Amanhã.... Amanhã haverá de novo o sol, o vento E a chuva que vem
lavar a vida e a dor. Amanhã....Amanhã será um novo dia....Talvez.
imagem retirada da net
Um local tranquilo onde os raios de lua, feitos palavras, lançam feitiços e enxugam lágrimas
quarta-feira, julho 29, 2015
sábado, julho 25, 2015
AMARGO TRAVO (23/7)
Como algodão doce traiçoeiro, os anos passam por ti,
não que os entendas, não que os percebas, não que os vivas.
Apenas resvalas por eles, como criança em escorrega...livremente.
Como nevoeiro ora denso ora leve o tempo, escoa-se aqui
deixando-te pelo caminho aos poucos sem prerrogativas.
E tu vais...Só assim, sem te dares conta, caminhas inexoravelmente
para um mundo de vácuo e vazio. Um buraco negro de silêncio eterno.
Os anos vão passando, e as memórias morrendo no frio inverno
do esquecimento, do vazio sem retorno, do olhar vazio sem vida.
Como algodão doce de amargo travo, a vida assim destinou.
E dói ver-te já sem passado, sabendo que o presente é o segundo
e o futuro nem tem expressão. Algodão doce, as tuas memórias
são brancas e flutuantes, desconectadas; ligação que alguém cortou
circuito que se degenerou e não volta, um vago e impreciso mundo
alheado da realidade. Estranho mundo sem cor nem histórias...
Como algodão doce abandonado em mãos sem jeito
a tua vida é agora um longo e vazio caminho imperfeito...
Como algodão doce....De amargo travo!
não que os entendas, não que os percebas, não que os vivas.
Apenas resvalas por eles, como criança em escorrega...livremente.
Como nevoeiro ora denso ora leve o tempo, escoa-se aqui
deixando-te pelo caminho aos poucos sem prerrogativas.
E tu vais...Só assim, sem te dares conta, caminhas inexoravelmente
para um mundo de vácuo e vazio. Um buraco negro de silêncio eterno.
Os anos vão passando, e as memórias morrendo no frio inverno
do esquecimento, do vazio sem retorno, do olhar vazio sem vida.
Como algodão doce de amargo travo, a vida assim destinou.
E dói ver-te já sem passado, sabendo que o presente é o segundo
e o futuro nem tem expressão. Algodão doce, as tuas memórias
são brancas e flutuantes, desconectadas; ligação que alguém cortou
circuito que se degenerou e não volta, um vago e impreciso mundo
alheado da realidade. Estranho mundo sem cor nem histórias...
Como algodão doce abandonado em mãos sem jeito
a tua vida é agora um longo e vazio caminho imperfeito...
Como algodão doce....De amargo travo!
domingo, julho 19, 2015
ESTÁS EM MIM, SEMPRE!
Trago-te no peito e na alma, no olhar e coração,
trago-te sempre comigo. Parte de mim eternamente.
Trago-te no pensamento constante, na suplicante oração,
no medo da perda anunciada, tão temida permanentemente.
Mas trago no coração os teus dons, tudo o que me ensinaste,
o caminho que percorremos, tudo o que em mim deixaste.
Não quero ter que dizer até à eternidade, mas sei que o vou fazer,
mais cedo? Mais tarde? Amanhã, ou depois? Isso ninguém sabe.
Um dia será a realidade, um dia será o meu caminho a percorrer.
Agora a esperança é um raio de luz no qual deslizo sem alarde,
apenas pedindo que não seja já a dura hora da despedida.
Que eu não tenha que assistir já a tua partida.
Trago-te no peito, no coração e na alma, onde te gravaste
desde que me deste o ser.
Trago-te na pele, no sangue e na vida que me ensinaste
e nessa tua mão que sempre deste para não me perder.
trago-te sempre comigo. Parte de mim eternamente.
Trago-te no pensamento constante, na suplicante oração,
no medo da perda anunciada, tão temida permanentemente.
Mas trago no coração os teus dons, tudo o que me ensinaste,
o caminho que percorremos, tudo o que em mim deixaste.
Não quero ter que dizer até à eternidade, mas sei que o vou fazer,
mais cedo? Mais tarde? Amanhã, ou depois? Isso ninguém sabe.
Um dia será a realidade, um dia será o meu caminho a percorrer.
Agora a esperança é um raio de luz no qual deslizo sem alarde,
apenas pedindo que não seja já a dura hora da despedida.
Que eu não tenha que assistir já a tua partida.
Trago-te no peito, no coração e na alma, onde te gravaste
desde que me deste o ser.
Trago-te na pele, no sangue e na vida que me ensinaste
e nessa tua mão que sempre deste para não me perder.
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