quinta-feira, julho 28, 2016

UMA ESTRELA



Uma lágrima e uma estrela.
Um vazio e um saber que não partiste,
que permaneces no que sou.
Ainda que a saudade aperte
e a dor não esmoreça.

Uma lágrima e uma estrela.
Um beijo que fure a distancia
e que te toque... Soubesse eu que era possível!!
Um soluço que não calo.

Uma lágrima e uma estrela
e um ano de saudade



sábado, julho 23, 2016

POR ESTE DIA, SEMPRE



Perdi-te um dia nas voltas da vida, mas continuas em mim,
como não se me deste a vida!
Perdi-te e no entanto tenho-te presente, como concha vazia,
como casa sem gente, como pão sem miolo, como boca sem palavras.
E olho-te e vejo-te como sempre, mas nessa tua realidade fria
onde permaneces encarcerada, somando dias que lavras
sem sentido e sem destino, passando apenas a passar.
Perdi-te um dia nas voltas da vida, mas continuas em mim,
como não se me deste a vida!
E olhar-te é ver o vazio, ver o vago e o difuso, ver o nada neste mundo.
E é saber não saber o que sabes, nem perceber o que sentes e queres,
Se é que ainda queres… É mergulhar no teu olhar já sem fundo
onde a vida se foi apagando e o tino se foi perdendo. Soubesse eu o que preferes!
Soubesse eu ler-te o vazio que se instalou, veio sem aviso a alastrar…
Perdi-te um dia nas voltas da vida, mas continuas em mim,
como não se me deste a vida!




sábado, julho 16, 2016

HÁ...HAVERÁ SEMPRE


Há razões que a razão desconhece. Há dores que a dor não esquece.
Há momentos que o tempo não dilui. Há sonhos que a memória substitui.
Há promessas que se deveriam cumprir e há desejos que não deviam existir.

Há uma vida para além de cada encruzilhada, que é preciso agarrar,
há sombras que prendem os passos que é preciso saber largar.
Há espaços vazios que tem que se preencher e lágrimas que tem que se reter.

E há uma tela inacabada por pintar e uma aurora por nascer e acordar.
Haverá um novo sol e uma nova lua por inventar mergulhados num estranho mar.
Haverá um inverno e um verão por celebrar com cores de primavera por estrear.

Porque há razões que a razão desconhece e porque há dores que dor não esquece.



sábado, julho 09, 2016

DESTINO? QUEM SABE?





Talvez seja o destino ou o "fado" que trazemos à nascença
ou talvez seja a vida somente, a que fazemos e desfazemos,
a que plantamos e deixamos secar. Talvez seja só coincidência,
ou a mão do Pai no nosso caminho. Ou apenas o que queremos,
o que sonhamos, desejamos, lutamos e por fim perdemos.

Talvez seja o destino traçado na palma da nossa mão,
talvez seja o fado fadado, cantado pelas vielas da vida.
Quem sabe se não é só imagem num espelho, uma inversão?!
Seja o que for foi-me entregue, selado e sem contrapartida.
Será apenas o que queremos, sonhamos e por fim perdemos.

O que me for destinado a mim virá, diz o povo e ele sabe.
O que tiver que ser, será. Mas até onde vai a dor? E a tristeza?
Até onde vai o silencio de um coração onde já nada cabe
a não ser um Ser que um dia foi metade e hoje é a certeza
de ter sido. Passado. Perdido. Vivido. O que foi sonhado e por fim...esquecido.

Mas... Se calhar é o destino que trazemos à nascença, sabe-o Deus e mais ninguém!

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...