Exorciza a dor que marca cada lágrima salgada
que pelos olhos se derrama como neblina matinal -
descendo, escorrendo -, saltitando as linhas do meu rosto.
Exorciza a distancia que medeia o soluço e a gargalhada,
porque assim se apaga o medo e o desterro intemporal.
Estende pontes de esperança e mansidão, esfuma o desgosto,
limpa a dor e acende um sol de perdão e de vontade férrea de
querer.
Exorciza os anjos das negras noites sem sossego, vazias de
solidão.
Exorciza as duras penas de erros que nos servem de lição.
Estende uma ponte de luz, constrói um porto de perdão,
fundeia o navio de um novo amanhecer, não feches a tua mão:
há mais vida por trilhar; Passos incertos, por certo, mas
passos
rumo ao infinito que trazemos no coração. Deixa os compassos
da música: que não conhecemos, que não tocamos, mas que
sabemos
de cor serem a valsa que trazemos nos pés; Os caminhos que
percorremos.
Limpa a dor: acende um sol de perdão e de vontade férrea de
renascer.
foto retirada da net |
lágrimas de lua
3 comentários:
Adoro o que escreves, mesmo sentindo a tristeza que transmites, adoro ler os teus poemas, mas com muita dificuldade em comentar.
Um beijinho imenso no teu doce coração.
Passamos a vida a exorcizar isto ou aquilo.
Mas precisamos de renascer de vez em quando.
Excelente texto, como sempre. És uma escritora de enorme qualidade literária, raramente encontrada na blogosfera.
Bom fim de semana, querida amiga perdida do luar.
Beijo.
que os maus-olhados fiquem bem longe e o amor se sinta perto.
(como se sol fosse a escuridão)
Belíssimo texto poético.
Um beijo, Amiga e um bom fim-de-semana.
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