De peito erguido e nu, de mãos abertas e sedentas a luta torna-se feroz.
De alma forte, olhos em fogo, e coragem infinita, a luta é renhida e atroz.
Menina-mulher, rosa por desabrochar que a vida obrigou a definhar,
exemplo de animo, de força desconhecida e imensa que tiveste que conquistar.
Entre o sorriso e a lágrima, a coragem e a desilusão, a força e a solidão
de uma luta sem tréguas, onde as armas são tão desiguais. Há sempre uma razão
para não virar costas, para erguer o peito nu e abrir as mãos sedentas de vida.
Há sempre um novo amanhecer, uma noite de lua cheia e de luar prateado,
de calor de um verão imortal, de flores a perfumar o ar quente e ensolarado,
há sempre mais uma restea de força, de esperança que jamais será perdida.
Num circulo de luz, onde as mãos se dão com força, as preces se elevam,
os olhos se embaciam e os corações em compassada harmonia se sublimam.
Neste circulo estás tu - Lutadora, menina-mulher.