parecem apenas poalha, finas gotas em dispersão.
Escorrem pelas mão engelhadas, os anos em catadupa,
dissolvem-se no tempo sem esperança e sem culpa.
Perdem-se os passos na areia que a vida já esqueceu
e o rasto dilui-se nas breves ondas que o mar cedeu.
Olhos perdidos no futuro enlaçados no passado vivido,
ancorados no presente sem cor, fustigados pelo tempo perdido,
criticados, mal amados, incompreendidos, desgastados
e tão tristemente mal entendidos.
Elevam-se na noite como luzeiros, os mudos gritos de dor,
as lágrimas quentes de solidão, os punhos cerrados sem amor.
Eleva-se no escuro manto o alvo e étero corpo, grácil,
delicado, solitário e branco, tão branco! tão frágil!
E num suspiro cansado entrega-se à noite sem fim.
4 comentários:
Minha querida
Cada palavra minha iria quebrar esta magia.
Amei demais.
Beijinho e uma flor
Onde estão as palavras doces no sabor dos lábios
sedentas de loucura e ousadia
onde o poema sempre acontecia?
Deixa que os raios de luar afastem todas as sombras...
Beijos,
AL
Estou tão mas tão aí!!!
Noites demasiado longas...
Beijito.
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