quinta-feira, abril 19, 2012

NOITE DE SOMBRAS

Elevam-se no ar como névoa, os sonhos sem concretização,

parecem apenas poalha, finas gotas em dispersão.

Escorrem pelas mão engelhadas, os anos em catadupa,

dissolvem-se no tempo sem esperança e sem culpa.

Perdem-se os passos na areia que a vida já esqueceu

e o rasto dilui-se nas breves ondas que o mar cedeu.



Olhos perdidos no futuro enlaçados no passado vivido,

ancorados no presente sem cor, fustigados pelo tempo perdido,

criticados, mal amados, incompreendidos, desgastados

e tão tristemente mal entendidos.

Elevam-se na noite como luzeiros, os mudos gritos de dor,

as lágrimas quentes de solidão, os punhos cerrados sem amor.

Eleva-se no escuro manto o alvo e étero corpo, grácil,

delicado, solitário e branco, tão branco! tão frágil!

E num suspiro cansado entrega-se à noite sem fim.



4 comentários:

Flor de Jasmim disse...

Minha querida
Cada palavra minha iria quebrar esta magia.
Amei demais.

Beijinho e uma flor

A.S. disse...

Onde estão as palavras doces no sabor dos lábios
sedentas de loucura e ousadia
onde o poema sempre acontecia?

Deixa que os raios de luar afastem todas as sombras...

Beijos,
AL

rita disse...

Estou tão mas tão aí!!!

Secreta disse...

Noites demasiado longas...
Beijito.

O TEMPO PERDIDO NÃO SE RECUPERA

As palavras lançadas não voltam atrás, o tempo perdido já não tem retorno e a vida esvai-se, no silêncio voraz. Fica o caminho, diluído, sem...